Disfagia: o que é e como é o tratamento?
A disfagia é qualquer dificuldade na deglutição, ou seja, uma alteração no ato de engolir alimentos ou saliva, podendo ocorrer em qualquer parte do trato digestivo, desde a boca até o estômago. Pode afetar pessoas de todas as idades, embora seja mais comum em bebês e idosos.
Mesmo que muitas pessoas tenham problemas para ingerir alimentos, a disfagia muitas vezes é negligenciada. O problema é que ela pode ser um sintoma de outra doença grave. Por exemplo, dados mostram que metade dos pacientes que sofreram AVC sofrem da disfagia. De 52 a 82% dos pacientes com doença degenerativas correm o risco de possuírem disfagia. O número é um pouco menor, quando se trata de pacientes com câncer de pescoço e de cabeça.
É importante ressaltar que a disfagia não é uma doença por si só, mas sim um sinal ou sintoma relacionado à outra patologia, mas que pode ocasionar ao indivíduo problemas emocionais, isolamento social, desidratação, desnutrição, além de complicações mais graves como a pneumonia aspirativa e o óbito.
Como descubro se tenho Disfagia?
Segundo especialistas, passar muito tempo subestimando os sinais que o corpo dá pode ser crucial para o agravamento de outras complicações. A disfagia é um sintoma que indica que algo não vai bem em nosso organismo.
Veja alguns dos principais sintomas que a Disfagia apresenta:
• Dificuldade de mastigar, preparar e manter o alimento dentro da boca
• Tempo prolongado para engolir
• Necessidade de engolir várias vezes para o alimento, líquido ou saliva descer
• Restos de comida dentro da boca após engolir
• Dor ao engolir
• Sensação de alimento parado na garganta
• Escape de alimento pelo nariz durante a alimentação
• Mudança na voz após engolir
• Mudança da cor da pele durante ou após a alimentação (palidez/cianose ou “pele roxa”)
• Tosse ou pigarro constante durante a alimentação
• Engasgos frequentes durante as refeições ou ao deglutir saliva
• Falta de ar
• Perda de peso
• Pneumonias de repetição
• Falta de interesse em se alimentar ou recusa alimentar
• Necessidade de mudanças na consistência dos alimentos
Tipos de Disfagia
Basicamente temos dois tipos de disfagia.
• Disfagia orofaríngea ou Alta: Este tipo de disfagia ocorre na boca (fase oral) ou na garganta (fase faríngea), e pode ser causada por doenças neurológicas. A causa mais comum deste tipo de disfagia é o AVC.
• Disfagia Esofágica ou Baixa: Este tipo de disfagia acontece no esôfago, e há uma irritação ou bloqueio que geralmente requer um procedimento cirúrgico.
Possíveis causas da disfagia
Podem haver diversas causas para a disfagia: problemas de ordem neurológicas, musculares, psicológicas. Mas ela também pode decorrer do próprio envelhecimento natural.
A disfagia pode ser classificada, de acordo com a causa, em:
- Neurogênica: causada por doenças neurológicas ou traumas;
- Mecânica: traumas, inflamações agudas dos tecidos da orofaringe, câncer da região de cabeça e pescoço, ressecções cirúrgicas etc.;
- Decorrente da idade: processo natural de envelhecimento;
- Psicogênica: manifestação da disfagia por quadros ansiosos ou depressivos;
- Induzida por drogas: alguns medicamentos podem desencadear disfagia como efeito colateral
Outros fatores comuns que podem estar associados a causa da disfagia são alguns medicamentos tais como antibióticos e até mesmo anti inflamatórios. Remédios esses que necessitam de prescrição médica e não devem ser tomados por conta própria.
Sinais esperados para um indivíduo disfágico
Existem certos sinais da disfagia, que podem ser identificados de maneira simples. Se existir alguém próximo a você com alguns desses sintomas peça para ela entrar em contato conosco e marcar uma consulta! É melhor sempre prevenir. Os sinais são:
? Dificuldade para realizar a mastigação do alimento;
? Dificuldades durante a mastigação;
? Redução do controle oral do alimento na cavidade oral;
? Escape do alimento para a faringe;
? Regurgitação nasal ou oral;
? Lentificação para a manipulação e preparo do alimento para deglutir;
? Engasgos frequentes para qualquer consistência alimentar; Insegurança e ansiedade no momento de refeição; Qualidade vocal molhada, hipersecreção constante e alterações do padrão respiratório.
Possíveis tratamentos
O tratamento da disfagia requer alguns cuidados e dependerá do tipo e grau do comprometimento. Normalmente é multidisciplinar e nele estão envolvidos profissionais como médicos, fonoaudiólogos, nutricionistas, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e assistentes sociais. Pode envolver medidas fonoterápicas, clínicas ou cirúrgicas.
É muito importante que se tenha um diagnóstico precoce e um tratamento adequado, podendo assim evitar até casos de óbito. No entanto, podemos ficar atentos à algumas medidas como forma de prevenção e / ou evitar complicações dos sintomas.
VEJA ALGUMAS DICAS:
- Alimente-se em posição confortável, de preferência com postura ereta (sentado);
- Ao mastigar triture bem os alimentos. Coma sem pressa;
- Evite distrações enquanto se alimenta (conversar enquanto está deglutindo, assistir TV, ouvir rádio, permanecer em ambiente barulhento, etc);
- Se houver consistências de alimentos que causam dificuldades, procure ajuda com um profissional especializado;
- Se presenciar alguém engasgando, nunca ofereça água ou coloque o dedo na garganta da pessoa. Deixe-a tossir e caso você não seja treinado para realizar manobras de primeiros socorros, procure rapidamente alguém habilitado;
- Não fique com dúvidas a respeito de sua deglutição.
Procure uma equipe de saúde especializada para lhe ajudar.
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